segunda-feira, 9 de abril de 2012

Coisa de Pele

Fantasio. E quem não fantasia? Escondo. E quem não esconde?
Fantasio tudo escondendo de todo mundo.


- Primeiro caso


Eu já estava satisfeita com o homem que tinha, nem eu sabia que atrás daquelas salas iria ter alguém que despertasse um interesse tão grande assim. Perdi o controle, perdi a cabeça, tenho apenas loucura.
Ele era alto, moreno, inteligente, um professor. Suas palavras me descontrolavam, eu suava e olhava, encarava com a esperança que ele iria retornar o olhar e foi assim durante duas semanas. Até que na semana seguinte ele me olhou , me pegou distraída pensando em outras coisas, sorriu, explicou e eu encantei, cantei, mordi os lábios o queria ali. Queria que ele percebesse o meu interesse, queria que ele esquecesse as explicações e dissesse boa noite, podem ir embora e me olhasse e dissesse menos você. E eu ficaria, ficaria sim, por que saberia que iria gostar de cada momento ali. Bem, não foi assim que tudo aconteceu. E outras aulas seguiram, e mais palavrões, indignações, debates até que ele fala que tinha uma amante, que queria mais uma, que queria várias. O encarei, ele me olhou sorriu. E meus pensamentos estavam gritando para ele me escolher. Na mesma noite nos encontramos na escada eu sorrindo, ele passa aperta a minha cintura diz boa noite, ele queria me  levar e eu queria ir com ele. E eu fui. Cheguei com ele com uma desculpa esfarrapa, ele alto, tão alto puder notar a diferença, ele me olhou apertando novamente a minha cintura disse o nome do livro que perguntei, me aproximei, esquece o livro, esquece o mundo, me leva pro teu paraíso. Largou da minha cintura e me olhou espantado. Droga! fiz errado. Até que ele chegou no meu ouvido e suspirou "tem muita gente aqui, me dá o seu telefone". Eu sorri, concordei. Nos beijamos no rosto. 

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